Espinossauro

Taxonomia
ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseSauropsida
SuperordemDinosauria
OrdemSaurischia
SubordemTheropoda
InfraordemCarnosauria
FamíliaSpinosauridae
SubfamíliaSpinosaurinae
GêneroSpinosaurus
Características
PeríodoCretáceo
AlimentaçãoCarnívoro
Altura5m
Comprimento14m
Peso20t

O Espinossauro foi um carnívoro terópode que viveu na região que hoje é o norte da África, durante o fim do período cretáceo, entre 99 e 93,5 milhões de anos atrás. Sua descoberta se deu no Egito, em 1912, tendo sido descrito pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer em 1915. Apesar de oficialmente ser reconhecida apenas uma espécie, o S. aegyptiacus, se discute o potencial para uma segunda espécie, S. maroccanus, descoberta no Marrocos. É o maior de todos os dinossauros carnívoros conhecidos.

Possuía uma grande vela dorsal, cuja função poderia ter sido a termorregulação ou exibição, seja ela sexual ou de intimidação. Possuía grandes braços e mandíbulas, perfeitos para pegar grandes peixes, já que o Espinossauro era uma alimentação piscívora, apesar de não de forma exclusiva, pois ele também se alimentava de presas terrestres. Assim como crocodilos modernos, o Espinossauro era um dinossauro semiaquático, ou seja, passava seu tempo tanto na água quanto na terra. Preferia ambientes úmidos, como florestas de mangue, vivendo ao lado de dinossauros aquáticos, pterossauros, além de tartarugas e peixes. Vestígios encontrados em 2014, no Marrocos, indicam, pelo estado de conservação, que o Espinossauro não apenas era semiaquático, como também passava a maior tempo na água.

A descoberta do Espinossauro foi feita por Richard Markgraf, em 1912, na Formação Bahariya, no Egito, e descrito em 2015 pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer como S. aegyptiacus. Os restos encontrados foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial, durante um bombardeio britânico contra a cidade de Munique, na Alemanha, porém fragmentos adicionais foram designados como "Espinossauro B", em 1934. Estes incluíam vértebras e ossos de membros posteriores, que mais para frente se determinaram pertencer a outros gêneros, como o Carcarodontossauro ou Sigilmassauro. Dale Russell, em 1996, propôs uma segunda espécie, o S. maroccanus, baseado em diferenças nos tamanhos da vértebra cervical entre o S. maroccanus e o S. aegyptiacus. Porém, não há consenso sobre essa espécie e ela permanece como um sinônimo.

O Espinossauro sempre foi considerado um dos maiores dinossauros carnívoros, se não o maior. As estimativas dos paleontólogos Friedrich von Huene e Donald F. Glut listavam o Espinossauro como sendo um dos terópodes mais massivos, pesando ao redor de 6 toneladas e medindo 15 metros de comprimento. Em 1988, o paleontólogo Gregory S. Paul também listou o carnívoro como tendo 15 metros, porém pesando apenas 4 toneladas. Um estudo de 2005 estimou o tamanho do Espinossauro como sendo ainda maior, entre 16 e 18 metros de comprimento, presumindo-se que ele teria as mesmas proporções do Sucomimo com relação ao crânio. Os críticos argumentaram que o comprimento do crânio seria muito incerto. A questão acerca de seu tamanho e peso continua, portanto, em aberto.

Os primeiros fósseis encontrados não davam uma boa noção sobre o crânio do Espinossauro, tanto que as primeiras ilustrações do dinossauro mostravam um crânio curto. Após a descoberta de novos fragmentos, descobriu-se que seu crânio era alongado. Com exceção de seu crânio e de sua vela dorsal, a estrutura do Espinossauro se assemelhava bastante à de outros dinossauros terópodes, possuíndo pernas longas para caminhar em terra firme, assim como braços longos para segurar as presas.

Inicialmente, o Espinossauro era recontruído como um dinossauro quadrúpede, posteriormente sendo considerado um quadrúpede ocasional. Porém, em 2014, um estudo analisou que o Espinossauro deveria ter uma postura quadrúpede obrigatória, pelo fato do centro de massa não permitir que ele permanecesse em postura bípede em terra firme. Após tal estudo ser contestado, pela utilização de fragmentos de fósseis de animais diferentes para se montar um indivíduo, como uma quimera, um novo estudo, em 2018, por Donald M. Henderson, recolocou o centro de massa do Espinossauro próximo aos quadris e voltando, assim, a permitir a postura bípede.

Um dos fatos mais peculiares do Espinossauro é sua alimentação, que provavelmente era majoritariamente a base de peixes, mas não se limitando a eles. A evidência principal para determinar sua dieta se baseia em seu parente, o Barionix, no qual se encontrou um dente de um Espinossauro cravado em restos de um Pterossauro, assim como ossos de um Iguanodonte em seu estômago. Em 2004, um dente do próprio Espinossauro também foi encontrado cravado em uma vértebra de Pterossauro. Tudo isso sugere que o terópode era um predador generalizado, adaptado para caça em diversos ambientes e oportunista.

Na cultura popular, o Espinossauro é bastante conhecido pelo seu protagonismo no terceiro filme da série Jurassic Park, no qual trava uma batalha épica contra o Tiranossauro, protagonista nos dois primeiros filmes. Tal batalha, porém, nunca poderia ter ocorrido na vida real, já que as duas espécies viviam distantes, em continentes separados (o Tiranossauro viveu onde hoje é a América do Norte, enquanto o Espinossauro, por sua vez, onde hoje é o norte da África).

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