Estegossauro

Taxonomia
ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseSauropsida
SuperordemDinosauria
OrdemOrnithischia
SubordemThyreophora
InfraordemStegosauria
FamíliaStegosauridae
SubfamíliaStegosaurinae
GêneroStegosaurus
Características
PeríodoJurássico
AlimentaçãoHerbívoro
Altura3m
Comprimento9m
Peso7t

O Estegossauro foi um dinossauro herbívoro tireóforo que viveu no fim do período jurássico, onde hoje é o oeste dos Estados Unidos e Portugal, e foi o maior dos dinossauros dotados de placas. Era quadrúpede, com costas arredondadas, possuía uma cauda pontiaguda com pontas que se acredita que eram usadas para defesa, além de largas placas ósseas nas costas. O gênero Estegossauro abrange algumas espécies como o S. ungulatos (o maior deles), o S. stenops e o S. sulcatus.

Com relação à fileira de placas nas costas, acreditava-se até certo momento que eram usadas como armadura para proteção contra predadores. Porém, duas teorias parecem ser mais aceitas atualmente para explicar a função dessas placas. A primeira é a de que elas serviam como dispositivos termorregulatórios, ou seja, para regular a temperatura do animal, pois aumentavam a área de exposição ao sol, o que faz sentido ao se levar em conta que o Estegossauro viveu no final do período jurássico, período no qual houve um resfriamento. Outra possilibidade era a função visual, tanto para intimidação de inimigos quanto para exibição sexual.

Tendo compartilhado uma região com conhecidos predadores como o Alossauro e o Ceratossauro, o Estegossauro precisava de um mecanismo de proteção. Esse mecanismo era sua cauda, dotada de espigões, conhecidos cientificamente como thagomizer. Um Estegossauro possuía em sua cauda quatro desses espigões, cada um medindo de 60 a 90cm de comprimento, sendo usados em combates contra predadores. Entre as evidências que suportam isso estão danos observados nessas estruturas e uma lesão em uma vértebra caudal de um Alossauro, que provavelmente teria sido causada pela cauda de um Estegossauro.

A descoberta do Estegossauro se deu em 1877, após restos do dinossauro serem descobertos em Morrison, no estado do Colorado, nos EUA, pelo paleontólogo Othniel Charles Marsh, em meio à guerra dos osos - período conhecido pela intensa descoberta de fósseis. Inicialmente, pensava-se que os restos encontrados eram teriam pertencido a uma tartaruga. Além disso, devido à crença de que as placas descobertas estariam dispostas como telhas sobre as costas do animal, foi nomeado "Estegossauro", que significa "lagarto telhado". Naquele momento, Marsh nomearia a espécie encontrada de Estegossauro armatus. Em 1879, nomeou uma segunda espécie, o Estegossauro ungulatus, que é a maior espécie do gênero Estegossauro. Apesar de várias espécies terem sido descobertas a partir de então, após sinonimizações restaram 3 espécies, sendo duas principais, o E. ungulatus e E. stenops, e uma menos conhecida, o E. sulcatus.

Apesar de ter sido considerado inicialmente um bípede por Marsh, foi considerado posteriormente um quadrúpede, sendo isso plenamente aceito. Apesar disso, existe um debate sobre a capacidade do Estegossauro de se apoiar nas duas patas traseiras, usando a cauda como tripé para sustentação com a finalidade de buscar folhagens mais altas. Sua alimentação consistia principalmente de musgos, samambaias, frutas, entre outros alimentos. Caso ele tenha sido capaz de se erguer sobre suas duas patas traseiras, o Estegossauro teria sido capaz de se alimentar de vegetação até 6 metros acima do nível do solo. Caso contrário, se alimentava de plantas mais baixas, a no máximo 1 metro do solo. Estudos recentes, realizados em 2016, calcularam que a força da mordida do Estegossauro era equivalente a de um boi.

O principal habitat do Estegossauro era onde hoje é conhecido como Formação Morrison, nos EUA. O ambiente era semiárido, com estações úmidas e secas e planícies aluviais. Convivia com outros dinossauros, tais como o Alossauro, Ceratossauro, Braquiossauro, Camarassauro, entre outros.

O Estegossauro é um dos dinossauros mais populares, sendo retratado amplamente em filmes, desenhos infantis e quadrinhos. Devido às suas características físicas únicas, é também um dos dinossauros mais icônicos. Sua fama é decorrente em grande parte da vasta exposição em museus de história natural em todo o mundo, como o Museu Americano de História Natural, em Nova York e o Museu Peabody de História Natural, na Universidade de Yale.

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